Comida não é inimiga: Um Convite à paz com a sua alimentação

23 setembro, 2025

Como nutricionista, percebo que muitas pessoas enxergam a comida com culpa. Talvez você já a veja como uma inimiga, algo que tem o poder de se transformar na sua pior versão: mais gorda, mais feia. Ou, então, a comida é apenas um alívio momentâneo, seguido por uma onda avassaladora de vergonha e arrependimento, a ponto de você querer sumir. Seus amigos e família podem não perceber, ou, quando percebem, podem minimizar como "frescura". Mas eu quero que você saiba: seus sentimentos são válidos e essa questão é muito séria.


Essa jornada difícil muitas vezes começa de forma sutil. Um comentário sobre o corpo, uma dieta restritiva disfarçada de "estilo de vida saudável", a comparação constante com uma influenciadora. De um leve incômodo no espelho, o problema vai crescendo até se tornar um transtorno alimentar, quando fica muito difícil sair sozinho(a).


Cada transtorno se manifesta de uma forma. Na anorexia, há um medo intenso de ganhar peso, levando a uma restrição alimentar severa. Já no transtorno de compulsão alimentar, ocorrem episódios de exagero, mesmo sem fome, seguidos de uma culpa profunda. A bulimia segue um ciclo semelhante, mas com comportamentos compensatórios perigosos, como vômitos, uso de laxantes ou exercícios excessivos.


O que preciso que você entenda, do ponto de vista da saúde, é que seu corpo começa a dar sinais de socorro. Podem surgir anemia, interrupção da menstruação, problemas gastrointestinais sérios, desidratação e complicações cardíacas. O uso de medicamentos para emagrecer sem prescrição é extremamente perigoso e pode levar a consequências fatais. Vale o risco? Na sua cabeça, pode parecer que sim, que você precisa emagrecer mais a qualquer custo. Mas eu te pergunto: quando será suficiente?


Será que essa luta com a comida e com o peso não é uma forma de lidar com emoções que parecem grandes demais para sentir? Como nutricionista, acredito que seria transformador se libertar da preocupação constante com o julgamento alheio e encontrar um lugar de paz consigo mesmo(a).


Fique atento(a) a alguns sinais de que a relação com a comida precisa de ajuda profissional:

*   Sentir ansiedade que leva a pular refeições ou comer até passar mal.

*   Ter vergonha de comer na frente dos outros.

*   Adotar dietas cada vez mais restritivas.

*   Ter a necessidade de se pesar ou medir o corpo constantemente.

*   Sentir culpa ou sensação de "sujeira" depois de se alimentar.

*   Nunca estar satisfeito(a) com a imagem refletida no espelho.


Se você se identificou, é hora de pedir ajuda. E aqui, o papel do nutricionista é fundamental, mas ele atua em equipe. Não precisa ser necessariamente para os pais, se você acha que não vão entender. Pode ser um amigo, um professor, um médico de confiança. O mais importante é buscar ajuda especializada: um psicólogo ou psiquiatra para trabalhar as questões emocionais, e um nutricionista para te ajudar a reconstruir uma relação saudável com a comida.


E como um nutricionista pode te ajudar?

Vamos trabalhar juntos para:

1.  Abandonar a mentalidade de dieta: Parar de ver os alimentos como "bons" ou "ruins".

2.  Reaprender a fome e a saciedade: Respeitar os sinais do seu corpo.

3. Criar uma rotina alimentar estável: Que forneça a energia e os nutrientes que seu corpo precisa para se recuperar.

4. Tornar a alimentação algo prazeroso e sem culpa: Incluindo todos os alimentos com equilíbrio.


Cuide também do que você consome nas redes sociais. Lembre-se: as fotos têm ângulos e filtros. O algoritmo cria uma bolha onde todos parecem perfeitos, mas isso não é a realidade. Não tenha medo de mudar o que você segue. Preencha seu feed com conteúdos que promovam a saúde de verdade, a diversidade corporal e o bem-estar mental.


Transtornos alimentares são doenças graves que afetam seu corpo, sua mente e suas relações. A recuperação é possível. Você pode dar o primeiro passo sendo mais gentil consigo mesmo(a). Seu corpo, exatamente como é hoje, te permite rir, abraçar, dançar e viver. Está tudo bem comer comidas gostosas, errar e se perdoar.


Onde buscar ajuda:

*   CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) da sua cidade, pelo SUS.

*   CVV (Centro de Valorização da Vida): ligue 188.

*   Procure por instituições especializadas através do site mapa da saúde mental (https://mapasaudemental.com.br/).


E se você acha que conhece alguém passando por isso, ofereça apoio, seja um ombro amigo e a incentive a buscar uma equipe multiprofissional: psicólogo, psiquiatra e nutricionista. Juntos, podemos ajudá-la a superar seus medos e encontrar um caminho de saúde genuína, em paz com o corpo e com a comida.

 

A Importância de Beber Água: Saúde, Sinais de Carência e Estratégias para Melhorar o Consumo

7 agosto, 2025

  • A água representa cerca de 60% do nosso corpo e participa ativamente de praticamente todas as funções vitais. Ela não apenas sacia a sede, mas é fundamental para o funcionamento saudável do organismo  desde a digestão até o raciocínio. Ainda assim, muita gente só se lembra da hidratação quando já sente os sinais do corpo pedindo socorro.


Neste artigo, quero explicar por que a água é tão essencial, quais os sintomas da sua falta, os impactos negativos da desidratação e, principalmente, como incorporar esse hábito de forma prática no dia a dia.


Por que beber água?

A ingestão adequada de água vai muito além da estética ou do bem-estar momentâneo. Ela é indispensável para:


1. Células em funcionamento

A água participa das reações químicas celulares, ajudando no metabolismo, no transporte de nutrientes e na eliminação de resíduos. Sem ela, as células “travam”.

2. Regulação da temperatura corporal

Através do suor, o corpo consegue equilibrar sua temperatura mesmo em dias quentes ou durante a prática de exercícios físicos.

3. Transporte de nutrientes e oxigênio

O sangue é composto majoritariamente por água. Ela facilita a distribuição de tudo o que é vital para nossas células.

4. Eliminação de toxinas

Rins e fígado dependem da água para filtrar e eliminar o que o corpo não precisa, principalmente pela urina.

5. Equilíbrio dos eletrólitos

Sódio, potássio e outros minerais essenciais à função muscular e nervosa circulam melhor quando estamos bem hidratados.

6. Proteção e lubrificação

A água ajuda a manter articulações saudáveis, olhos lubrificados, mucosas protegidas e a pele mais íntegra e resistente.


Sinais de que você pode estar bebendo pouca água

Nem sempre a sede é o primeiro sintoma de desidratação. Outros sinais sutis ou persistentes também indicam que o consumo está abaixo do ideal:


Sintoma                   O que pode estar acontecendo
Sede excessiva                   Alerta natural do corpo para evitar desidratação
Lábios rachados e pele ressecada                   Falta de hidratação dos tecidos
Cansaço, tontura e dor de cabeça                   Diminuição no volume de sangue e oxigênio circulante
Prisão de ventre                   Fezes mais secas e difíceis de eliminar
Urina escura e com cheiro forte                   Alta concentração de resíduos
Dificuldade de concentração                   Cérebro menos oxigenado
Cãibras                   Desequilíbrio de eletrólitos musculares
Infecções urinárias ou pedras nos rins                   Urina concentrada favorece bactérias e cristais


Em quadros mais graves, a desidratação pode levar a problemas renais, convulsões, queda de pressão e até risco de vida, especialmente em crianças, idosos ou pessoas doentes.


E quando a falta de água se torna crônica?

A ingestão insuficiente por longos períodos pode estar relacionada a:


  • Maior risco de cálculos renais

  • Infecções urinárias recorrentes

  • Constipação intestinal e hemorroidas

  • Envelhecimento precoce da pele

  • Aumento de tromboses e doenças cardiovasculares

  • Queda no desempenho físico e mental

  • Agravamento de doenças já existentes, como insuficiência cardíaca ou renal


De quanta água você precisa?

A recomendação pode variar conforme peso, idade, clima, nível de atividade física, alimentação e estado de saúde. Mas, como referência:


  • Adultos saudáveis: em média 35ml de água por kg de peso corporal ao dia.

    • Exemplo: uma pessoa com 70 kg precisa de cerca de 2,4 litros por dia.

  • Gestantes, lactantes, crianças, idosos e atletas geralmente precisam de ainda mais.

  • Febre, vômitos, diarreia, clima muito quente ou treinos intensos também aumentam a necessidade.


Importante: cada organismo tem particularidades. Por isso, nem sempre as “contas” padronizadas refletem a real necessidade de uma pessoa.


Estratégias práticas para beber mais água

Criar o hábito de beber água nem sempre é fácil, mas pode ser muito mais simples com algumas estratégias:


  • Tenha sempre uma garrafa por perto: deixe à vista e reabasteça com frequência.

  • Estabeleça metas ao longo do dia: ao acordar, entre refeições, antes de dormir.

  • Use lembretes no celular, na agenda ou aplicativos específicos.

  • Adicione sabor naturalmente: rodelas de limão, hortelã, laranja ou gengibre podem deixar a água mais atrativa.

  • Inclua alimentos ricos em água: como melancia, pepino, alface, abobrinha e laranja.

  • Troque refrigerantes e sucos industrializados por água na maioria das vezes.

  • Observe a cor da urina: se estiver muito escura, pode ser sinal de pouca hidratação.

  • Desafie-se: crie metas diárias e celebre suas conquistas com pequenos gestos de autocuidado.


Um cuidado essencial, mas individual

Apesar de ser algo simples, hidratar-se corretamente é um dos pilares mais importantes da saúde. Mas nem sempre as necessidades de uma pessoa são as mesmas de outra especialmente se houver alguma condição clínica envolvida.


Se você sente que não está bebendo água suficiente, apresenta alguns dos sintomas citados ou quer entender melhor como a hidratação se encaixa nas suas necessidades, procure orientação profissional. A avaliação nutricional individual é a melhor forma de entender seu corpo, sua rotina e como ajustar os hábitos de maneira sustentável.


Lembre-se: o mais importante não é apenas beber mais água, mas sim beber a quantidade certa para o seu corpo e estilo de vida. E esse ajuste pode ser feito com leveza, constância e acolhimento.

Conte comigo para te ajudar nesse caminho de saúde e equilíbrio! 💧


 

Transformar Tudo em Proteico: Por Que Essa Não é a Melhor Estratégia para Sua Saúde

7 agosto, 2025

Nos últimos anos, virou tendência adicionar proteína em tudo: pães, bolachas, massas, sobremesas e até em alimentos que, originalmente, nem precisariam dela. Essa “onda proteica” surgiu com força no mundo fitness, nos suplementos e até no marketing de produtos industrializados. Mas será que transformar tudo em uma versão “fit” e rica em proteína é mesmo saudável?

A resposta pode surpreender: nem sempre. E o motivo vai além da balança ou do ganho de massa muscular. Quando olhamos com cuidado para o funcionamento do intestino e sua relação direta com o cérebro e a saúde como um todo, percebemos que o excesso de proteína principalmente quando desbalanceado com fibras e outros nutrientes  pode causar mais desequilíbrio do que benefícios.


Quando o Excesso de Proteína Vira Problema

Nosso intestino funciona melhor com variedade: fibras, carboidratos complexos, micronutrientes, boas gorduras e, sim, proteínas mas na quantidade certa. Quando o consumo proteico ultrapassa o que o corpo realmente precisa, especialmente se as fibras ficam em segundo plano, o ambiente intestinal muda. E não para melhor.

O excesso de proteína no intestino acaba sendo fermentado por bactérias que, em vez de produzirem compostos benéficos (como os ácidos graxos de cadeia curta), passam a liberar substâncias como amônia, indol e sulfeto de hidrogênio. Essas moléculas em excesso podem provocar:


  • Inflamação intestinal;

  • Redução da produção de butirato (um protetor natural do intestino);

  • Aumento da permeabilidade intestinal (o famoso “intestino permeável”);

  • Desequilíbrio no microbioma, com menor diversidade de bactérias boas.


Isso Afeta o Cérebro Também?

Sim. Nosso intestino se comunica com o cérebro o tempo todo. Quando há desequilíbrios ali, essa troca de informações pode ser prejudicada. A fermentação proteica exagerada pode gerar substâncias neurotóxicas que atravessam barreiras importantes e interferem na produção de neurotransmissores como a serotonina e o GABA diretamente ligados ao humor, ansiedade, sono e concentração.

Em alguns contextos, como em pessoas com autismo, doenças neurodegenerativas ou transtornos intestinais, esse excesso pode agravar sintomas como irritabilidade, confusão mental e distúrbios gastrointestinais.


E o Metabolismo?

Dietas muito ricas em proteína e pobres em fibras e compostos vegetais também afetam o metabolismo de forma mais ampla. Entre os riscos, estão:


  • Maior chance de resistência à insulina;

  • Risco aumentado de doenças cardiovasculares e hepáticas;

  • Redução da proteção natural contra inflamações crônicas;

  • Desequilíbrio da microbiota intestinal com impacto na imunidade.


Tudo isso não significa que a proteína seja “vilã”, longe disso. Mas, como tudo na nutrição, equilíbrio é essencial.


Qual a Quantidade de Proteína Ideal?

A recomendação varia conforme o momento da vida, nível de atividade física, composição corporal e presença de doenças. Em geral:


  • Adultos sedentários: entre 0,8 a 1,2g por quilo de peso corporal por dia;

  • Atletas ou pessoas em treinos intensos: até 2,0g/kg/dia, com acompanhamento individualizado.


Mais do que focar só na quantidade, é importante olhar o todo: qualidade da proteína, presença de fibras, variedade de vegetais, frutas, grãos e gorduras boas. A saúde está na diversidade e na harmonia entre os alimentos.


Nem Todo Produto "Proteico" é Saudável

Muitos alimentos “fit” vendidos como proteicos são ultraprocessados, ricos em adoçantes artificiais, gorduras ruins ou pobres em fibras. Isso pode dar a falsa sensação de estar comendo de forma saudável, quando na verdade o corpo está sendo sobrecarregado.


Alguns sinais de que algo pode estar em desequilíbrio:

  • Constipação ou diarreia frequente;

  • Fadiga constante ou falta de foco;

  • Sensação de inchaço ou desconforto intestinal;

  • Alterações no humor ou no sono;

  • Aumento de inflamações ou queda na imunidade.


Se você se identificou com algum desses sintomas, vale a pena reavaliar a sua alimentação com um olhar mais cuidadoso.


Equilíbrio é o que Sustenta a Saúde

Não se trata de evitar a proteína, mas de entender que nem tudo precisa ser hiperproteico para ser nutritivo. A alimentação funcional e integrativa valoriza o corpo como um todo incluindo o intestino, o cérebro e a saúde metabólica.


Antes de seguir dietas da moda ou se encher de suplementos, vale lembrar: seu corpo é único. E é justamente por isso que orientações personalizadas fazem tanta diferença.


Se você sente que precisa ajustar sua alimentação, melhorar seu intestino, sua energia ou seus sintomas, não tente resolver tudo sozinha.


Agende sua consulta  eu posso te ajudar a entender o que faz sentido pra você, com base na ciência e na sua realidade.


 

A Importância da Alimentação na Fertilidade: Como a Nutrição Pode Ajudar Você a Engravidar

7 agosto, 2025

Se você está tentando engravidar, provavelmente já ouviu que fatores como estresse, sono e saúde geral influenciam bastante nesse processo.


Mas e a alimentação?

Ela também tem um papel fundamental que, muitas vezes, é subestimado.

Uma dieta equilibrada pode melhorar a qualidade dos óvulos e espermatozoides, ajudar na regulação hormonal e até aumentar as chances de uma gestação saudável.


Mas atenção: não se trata apenas de “comer mais saudável”, e sim de fazer escolhas certas para o seu corpo, seu momento e suas necessidades específicas.

Neste artigo, quero te mostrar como a nutrição impacta a fertilidade feminina e masculina  e como um plano nutricional individualizado pode te aproximar do sonho de ser mãe ou pai.


1. Fertilidade Feminina: Como a Dieta Pode Ajudar

O corpo feminino precisa de uma série de nutrientes para que os ciclos hormonais funcionem corretamente e a ovulação aconteça de forma adequada. Mas a necessidade de cada nutriente pode variar de mulher para mulher, por isso, a orientação profissional é essencial.


Nutrientes Essenciais para Mulheres

🔸 Ácido Fólico (Vitamina B9)
Fundamental para a formação do bebê e prevenção de malformações.
Fontes: folhas verde-escuras, feijão, lentilha.

🔸 Ômega-3
Tem ação anti-inflamatória e melhora a qualidade dos óvulos.
Fontes: peixes como sardinha e salmão, linhaça, chia.

🔸 Ferro
A deficiência pode prejudicar a ovulação.
Fontes: carnes, beterraba, feijão.

🔸 Zinco e Selênio
Contribuem para o equilíbrio hormonal.
Fontes: castanhas, ovos, frutos do mar.

🔸 Vitamina D
Baixos níveis têm sido associados à SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos).
Fontes: exposição ao sol, ovos, cogumelos.


Alimentos que Devem Ser Evitados

Açúcar refinado e farinha branca
Aumentam a resistência à insulina, algo comum na SOP.

Gorduras trans
Encontradas em salgadinhos, margarinas e alimentos ultraprocessados, dificultam a ovulação.

Cafeína em excesso
Mais de 3 xícaras por dia pode interferir na fertilidade.


⚠️ Mas lembre-se: cada organismo é único. Mesmo alimentos saudáveis podem não ser os mais adequados para você neste momento. A autoindicação pode atrasar resultados ou até agravar sintomas.


2. Fertilidade Masculina: A Nutrição Também é Aliada

A qualidade do sêmen e a saúde dos espermatozoides estão fortemente ligadas ao estilo de vida e à alimentação. Homens também precisam de um suporte nutricional direcionado.


Nutrientes Importantes para Homens

🔸 Zinco e Selênio
Ajudam na produção e mobilidade dos espermatozoides.

🔸 Vitaminas C e E
Têm ação antioxidante, protegendo os espermatozoides contra danos.

🔸 L-Carnitina e Coenzima Q10
Melhoram a energia celular e favorecem a fecundação.


O que Evitar

Álcool e cigarro
Reduzem a quantidade, qualidade e integridade genética dos espermatozoides.

Alimentos ultraprocessados
Contêm substâncias que interferem na produção hormonal.


3. Problemas Comuns e Como a Dieta Pode Ajudar

Algumas condições clínicas afetam diretamente a fertilidade e exigem um plano alimentar estratégico e acompanhado por um(a) nutricionista especializado(a).


🔹 Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
A dieta com baixo índice glicêmico pode ajudar a controlar a resistência à insulina, mas cada mulher com SOP tem um perfil metabólico diferente, e isso muda totalmente a estratégia alimentar.

🔹 Endometriose
Alimentos anti-inflamatórios podem aliviar sintomas e melhorar a fertilidade, mas é preciso avaliar o impacto individual de cada grupo alimentar.

🔹 Baixa contagem de espermatozoides
O uso de antioxidantes pode ser benéfico, mas a dosagem e a combinação correta devem ser orientadas por um profissional.


4. Dicas Práticas para Aumentar as Chances de Engravidar

✔️ Prefira alimentos naturais e minimamente processados
✔️ Mantenha um peso corporal saudável
✔️ Beba bastante água – a hidratação influencia na produção hormonal
✔️ Reduza o estresse: técnicas como meditação e yoga ajudam a equilibrar o sistema reprodutivo


🔔 Mas atenção: essas dicas são apenas pontos de partida. O ideal é contar com uma avaliação nutricional detalhada para ajustar quantidades, combinações e horários conforme seu objetivo e realidade atual.


A alimentação é um dos pilares mais importantes da fertilidade. E embora mudanças simples na dieta possam trazer benefícios, é a personalização que faz a verdadeira diferença no processo de quem está tentando engravidar.


Se você está nessa fase e sente que pode fazer mais pelo seu corpo, estou aqui para te ajudar. Juntos, podemos construir um plano alimentar estratégico, acolhedor e eficaz para transformar seu sonho em realidade  com saúde, equilíbrio e leveza.


💡 Seu corpo é seu maior aliado nessa jornada. Cuide dele com carinho e com o suporte certo.
👩‍⚕️ Agende sua consulta comigo para começarmos essa caminhada lado a lado!

 

Arroz e Feijão: Reconhecimento Mundial e o Alerta para a Queda do Consumo no Brasil

4 agosto, 2025

O tradicional prato brasileiro arroz com feijão acaba de alcançar destaque internacional, sendo reconhecido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) e pela Universidade de Harvard como um dos pratos mais saudáveis do mundo. Ao mesmo tempo, o Brasil enfrentou uma queda preocupante no consumo dessa combinação, símbolo de nutrição, cultura e identidade nacional.


Por que o arroz com feijão é considerado um dos pratos mais saudáveis?

A combinação de arroz e feijão oferece uma proteína completa e de alta qualidade: o arroz é rico em metionina, e o feijão em lisina, dois aminoácidos que, juntos, atendem às necessidades do organismo, formando uma proteína vegetal extraída de origem animal. Esse prato tradicional também é fonte de fibras, vitaminas do complexo B, ferro, cálcio, zinco e outros minerais essenciais. É uma opção de baixo custo, livre de colesterol e glúten, e tem índice glicêmico moderado, o que ajuda a manter a saciedade e a controlar o açúcar no sangue.

Segundo a FAO e Harvard, o arroz com feijão não só entrega uma nutrição equilibrada a milhões de brasileiros, mas também serve de exemplo global para políticas de segurança alimentar, devido à sua qualidade nutricional, sustentabilidade e acessibilidade. A produção das leguminosas, como o feijão, ainda contribui para o equilíbrio ambiental, enriquecendo o solo com nitrogênio e diminuindo a dependência de fertilizantes industriais.


O modelo alimentar brasileiro no cenário internacional

A dieta brasileira, tendo o arroz com feijão como base, foi reconhecida como um exemplo de alimentação saudável. O “Prato Saudável”, criado pela Escola de Saúde Pública de Harvard, recomenda uma divisão do prato com 50% de vegetais e frutas, 25% de grãos integrais (como o arroz integral) e 25% de proteínas saudáveis (onde duas leguminosas como o feijão). Esse modelo evidencia a importância das escolhas alimentares equilibradas, enfatizando a diversidade, a redução de carnes processadas, o uso de óleos saudáveis e a hidratação adequada.


A preocupante queda do consumo de arroz e feijão no Brasil

Apesar desse reconhecimento mundial e das qualidades nutricionais, o consumo de arroz e feijão está em queda no Brasil. Dados recentes indicam que, no primeiro semestre de 2025, o consumo.


As razões para esse debate são diversas:


  • Urbanização e rotina acelerada: Com a vida cada vez mais corrida, receitas rápidas e alimentos prontos têm ganho espaço, enquanto pratos tradicionais, que exigem mais preparo, perdem popularidade.

  • Crescimento dos ultraprocessados: especialmente entre as classes de menor renda, os alimentos industrializados ocupam cerca de 20% do total de calorias consumidas, segundo o IBGE.

  • Mudança de hábitos de consumo: Novas tendências alimentares e a praticidade das refeições prontas influenciam a rotina, levando ao afastamento do arroz com feijão tradicional.


    O impacto é significativo: em 1985, cada brasileiro consumia, em média, 49kg de arroz por ano; hoje, esse número caiu para 29,2kg. O feijão também caiu de 19kg para 12,8kg per capita/ano. Essa mudança preocupa especialistas, pois a redução desses alimentos na dieta pode comprometer a saúde e levar ao aumento das doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e obesidade.


O que podemos aprender com esse cenário?

O arroz com feijão, além do símbolo nacional, é um superalimento acessível, sustentável, nutricionalmente completo e recentemente reconhecido mundialmente. A queda do consumo no Brasil é um alerta importante para a necessidade de resgatar a valorização da comida caseira, promover a educação alimentar e incentivar políticas públicas que facilitem o acesso e estimulem o consumo desse prato tradicional.


Valorizar o arroz com feijão é preservar não apenas a nossa cultura, mas também a saúde de toda a população.